Clubes de livros são alternativa para a crise editorial
- thegabriellasouza
- 13 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Editoras inovam com ‘box’ de livros para atrair leitores
Por ANA BEATRIZ ARAÚJO
(Fonte: Intrínsecos)
Clubes de livros atraem leitores com kits que constroem o cenário da história
Em meio a crise do mercado editorial, os clubes de livro por assinatura ganham força entre os leitores. São uma alternativa que as editoras encontraram para não perder clientes. Por meio de uma curadoria, as empresas fazem caixas com exemplares exclusivos e enviam para as casas dos assinantes.
Inspirada no Círculo do Livro que vendia seus produtos a partir de um catálogo, a TAG: Experiências Literárias criou o primeiro clube, em 2014. A ideia é fazer com que os livros sejam mais acessíveis aos leitores. Para isso, a empresa criou dois modelos de assinatura: a curadoria, onde os kits são escolhidos por curadores de renome e os inéditos com títulos que fizeram sucesso pelo mundo.
O cofundador da empresa Arthur Dambros conta que o clube atraiu desde crianças até idosos que interagem por aplicativo:
— Conversar com outros leitores com perspectivas diferentes também faz parte da leitura, pois influencia nossa percepção. Acho que conseguimos criar uma experiência literária que não só é inovadora, mas enriquecedora, gerando uma relação do leitor com o livro mais profunda ou pelo menos diferente daquela que teria em uma livraria.
Seguindo o exemplo da TAG, a editora carioca Intrínseca seguiu a tendência dos clubes literários com a criação do Intrínsecos. Os assinantes têm a vantagem de receber antecipadamente, obras que a editora acredita que serão um sucesso. As edições possuem capa dura, de diferentes cores para colecionar. Danielle Machado, editora executiva da Intrínseca acredita que mesmo com a crise os leitores ainda buscam os livros. Por isso, é preciso estreitar os laços entre eles e essa é a ideia do clube.
— O caminho de todos os mercados tem sido construir relações verdadeiras. Os boxes são um aspecto muito bem-vindo desse estreitamento de laços, ajudam a sedimentar a relação do leitor com a leitura e, nesse sentido, todos os atores da nossa indústria saem ganhando. Quanto mais perto o livro estiver do leitor, mais forte será o mercado. Esse é um bom caminho.
A ideia atraiu leitores como a estudante Victória Coeli. A jovem viu nos clubes uma forma de se interessar pelos livros:
— Eu nunca gostei muito de ler. Sempre preferi aqueles livros mais curtinhos de romance. Quando descobri que existia um clube que envia livros para casa, achei diferente e assinei. Então passei a me apaixonar pela leitura. O mais interessante é que o leitor não escolhe os livros que vem nas caixas.
Além dos livros, as caixas contêm elementos que ajudam a criar o cenário da história, como aromas, imagens e brindes. Isso proporciona uma melhor experiência de leitura e maior imersão nas obras. É uma forma diferente de consumir livros físicos.
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