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Cosméticos naturais são uma nova opção entre consumidores

  • Foto do escritor: maria machado
    maria machado
  • 20 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Connfecção de produtos não convencionais ganham espaço nas indústrias e nas

prateleiras de diversas brasileiras


Por Dayane Campos


O mercado de cosméticos naturais e orgânicos já movimenta mais de 1 bilhão de euros

na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil esse mercado ainda não se mostra tão

desenvolvido, mas algumas pessoas já apostam nesse novo negócio.


Gabriela Cox Mayall, estudante de Estudos de Mídia da Universidade Federal

Fluminense, de 20 anos e fundadora da loja de cosméticos naturais “Melmomento”,

criou sua marca com o propósito de que as pessoas vejam seus produtos como uma

forma de se reconhecerem. A jovem que recentemente expos seus cosméticos em uma

feirinha na Afonso Pena, no Rio de Janeiro, possui uma loja no Instagram onde mostra seus produtos: “Essas feiras trouxeram experiências para mim e para aqueles que compram também, porque online não se pode sentir os aromas, apenas ver o que é feito e assim foi um

modo de mostrar ao cliente aquelas fragrâncias e sua energia”. Com preços a partir de

R$ 8, Gabriela usa a rede social para mostrar como é a confecção de seu álcool em gel, sais de banho e outros cosméticos que garantem parte de sua renda.





Segundo avaliação da Ecovia Intelligence (antiga Organic Monitor), empresa

especializada em pesquisa, consultoria e treinamento que se concentra em indústrias

globais de produtos étnicos, o Brasil e toda a região sul-americana possui uma

importante fonte de ingredientes orgânicos.


Lojas no Rio de Janeiro já trabalham com esse ramo, como a “Força da Terra”, que já

está há 20 anos no mercado se consolidando financeiramente através da venda de

cosméticos naturais de forma sustentável e consciente para seu consumidor e para a

natureza. “Maristela Simões” é uma outra loja que possui cosméticos veganos que não

agridem o meio ambiente e não são testados em animais, com produtos como sabonetes,

esfoliantes e perfumes.


Na direção de buscar meios para não ficar dependente de produtos químicos em sua

transição capilar, a estudante de Direito, Thaína Gomes de 22 anos, faz em sua própria

casa seus cosméticos capilares. A jovem afirma que buscou na internet receitas caseiras

para poder cuidar do seu cabelo, pois não queria mais pagar caro em produtos para

cabelos cacheados: “Era ruim ter que pagar caro em um creme que depois de um tempo

o meu cabelo iria enjoar. Não quero outra vida e a minha meta é parar de vez com

produtos industrializados”.


Cosméticos naturais são grandes aliados a saúde e bem-estar por não conterem alguns

ingredientes químicos que agridem a saúde a longo prazo, mas de acordo com o

farmacêutico Bruno Alves de 25 anos, a principal diferença entre os cosméticos

químicos, chamados de convencionais e os naturais, está na confecção, onde os

convencionais tem corantes sintéticos e materiais derivados de petróleo, silicone e

amônia.


“Os cosméticos naturais que possuem de fabricação artesanal utilizando apenas

matérias-primas de origem vegetal/mineral, como extratos, óleos, fazendo uso de

pigmentos e corantes naturais, possuem sim uma maior durabilidade, tanto em uso

quanto de estocagem”, diz.





A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

(Abihpec) afirma que a indústria da beleza – que inclui cosméticos e similares – está

crescendo anualmente e deverá chegar a arrecadar R$ 115 bilhões em 2020. A Abihpec

coloca o Brasil como um dos principais mercados do planeta, atrás somente dos Estados

Unidos, China e Japão.


Para a economista Gabriela Teixeira, a indústria de cosméticos naturais só tem crescido

graças a preocupação das pessoas e através dos meios de publicidade que cada vez mais

exaltam a necessidade de se ter em casa produtos que façam bem a saúde e ao ambiente.

“Os cosméticos não convencionais são rentáveis porque possuem uma durabilidade

muito maior que os produtos que a gente encontra nas prateleiras das farmácias e tem

prazo de validade. Mas o que muitas pessoas não percebem é que esses cosméticos são

mais fáceis de serem consumidos por pessoas da classe D e C.”


A economista também reflete que é muito importante que as pessoas tenham

consciência que existem diversas maneiras de estabelecer um empreendimento através

de cosméticos não convencionais e que os consumidores entendam a necessidade de por

na balança que nem sempre os produtos de custo mais baixos são os que

proporcionaram os melhores resultados a longo prazo.

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