Mulheres buscam espaço no mercado de investimentos

Investidoras na Bolsa de Valores cresce de 15 mil em 2002, para 141,7 mil em 2017, segundo Bovespa.

Dayane Campos

O número de mulheres investindo é considerado crescente graças as novas plataformas e seus meios de distribuir educação financeira. O Tesouro Direto, um dos programas mais populares de investimentos no Brasil, computou entre 2013 e o ano passado que a quantidade de mulheres investindo aumentou para 155,5 mil, o que significou um avanço de 93,1%. .

O grupo “Anjos do Brasil”, criado em 2011, busca com seu projeto “Mulheres Anjos do Brasil”, capacitar mulheres que queiram aprender a investir e serem donas do seu próprio negócio. Para a educadora financeira, Juliana Xavier, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, as mulheres andam tendo uma maior consciência de valores monetários: “As mulheres deixaram de ser colecionadoras de produtos e aprenderam que os homens não são os únicos capazes de gerir uma renda familiar. Eu dou aula de educação financeira e investimentos e vejo o quanto as mulheres andam mais curiosas".

Segundo o Relatório Global Gender Gap, do Fórum Econômico Mundial, as mulheres ganham 58% menos que os homens para fazer a mesma jornada e tipo de serviço. Para Juliana esses dados representam o ponto de partida para que as mulheres queiram ser mais do que a sociedade oferece.

Amanda Araújo, estudante do curso de Relações Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, garante que aprendeu a investir através de livros e vídeos no YouTube e que busca viver com 50% do que ganha e o que sobra busca investir pela corretora de valores: "Busco conhecer sobre meu dinheiro e aprender como contribuir com ele para a minha vida pessoal em diversos aspectos. Afinal independência financeira pode ser liberdade em muitos casos”.

Mariana Campgnoni, professora de contabilidade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, afirma ter uma renda fixa que consiste em títulos do Tesouro Direto e Letras de Crédito, além de garantir renda variável em ações de empresas e fundos considerados multimercado, os quais são um conjunto de investimentos. "Como tenho um perfil mais arrojado de investidora, gosto de adquirir instrumentos que dão maior retorno, sabendo que eles têm maior risco também, logo 60% do que invisto está em renda fixa”, afirma. Para a professora sua experiência com os investimentos surgiu da sua própria curiosidade, mas garante que muitas instituições de ensino superior ainda carecem de lecionar sobre finanças pessoais.

Existem vários tipos de investimentos financeiros mais comuns no Brasil para aqueles que desejam aumentar a renda mensal, ampliar o patrimônio pessoal, poupar dinheiro, ou até planejar a aposentadoria: