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Para especialistas, supervisão do Governo Federal pode prejudicar Enem

  • Foto do escritor: Jornalismo UERJ
    Jornalismo UERJ
  • 6 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Professoras alertam sobre perigos da avaliação ideológica de Bolsonaro no exame

O presidente Jair Bolsonaro posa com o ministro da Educação Abraham Weintraub na cerimônia de posse do atual responsável pela pasta.Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Por Bernardo Dias


Com inscrições abertas na última segunda-feira (6), o Enem de 2019 tem um dos preparativos mais conturbados da história do exame. No último mês de março, o presidente Jair Bolsonaro nomeou uma comissão para realizar uma "avaliação ideológica" nas questões do exame nacional. Promessa desde a aplicação da última prova, após uma polêmica questão envolvendo o dialeto travesti, a fiscalização de Bolsonaro nas questões do maior vestibular do país preocupa especialistas da área educacional.


Para Maria Luiza Süssekind, professora da Unirio com mestrado em Educação pela Uerj, há uma inconsequência na forma em que as mudanças propostas por Bolsonaro serão aplicadas: "Há muitos riscos em se aplicar uma mudança, um filtro não-técnico, na política educacional, em escala nacional, sem que haja um teste em escala menor", afirma a professora.


"O Enem é uma prova montada em um longo processo de elaboração de questões com critérios técnicos, para que haja a maior quantidade possível de sentidos dentro das realidades do país. Pôr as questões em controle por uma equipe que não é técnica pode comprometer todo o seu conteúdo", analisa Maria.


A parte do sigilo da prova também preocupa profissionais do ensino de Redação, área quando e gera maior suspense na preparação para o Enem: "Mais do que na qualidade, penso no impacto na segurança das questões e do tema da redação, por serem mais pessoas tendo acesso a essas partes sigilosas", alerta Danielle Velasco, professora de Redação graduada pela UERJ.


Por sua vez, o ministro da Educação Abraham Weintraub reforçou, numa transmissão ao vivo por Facebook ao lado do presidente, na quinta-feira 25 de abril, que o Enem de 2019 ocorrerá normalmente, porém, “questões ideológicas, como ocorreram no passado, não ocorrerão", afirmou o ministro.

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