Transitar pela cidade vira desafio na vida dos cariocas
- Thulany Dhara
- 27 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de jun. de 2019
Violência e falta de infraestrutura são problemas diários que a população enfrenta

Carros voltando na contramão na Linha Amarela
Foto: Reprodução de vídeo/ Onde Tem Tiroteio – RJ
Thulany Dhara
Um confronto entre policiais militares e criminosos no Morar Carioca, ocorrido no dia 21 de maio, em Triagem na Zona Norte do Rio, fechou a estação de metrô e afetou a circulação dos trens do ramal Saracuruna. No dia 28 de março, um acidente na mesma estação, também afetou a circulação dos trens da Supervia. No mesmo mês, bandidos atacaram uma equipe da Polícia Militar (PM) na Linha Amarela, gerando grande confusão entre os motoristas que passavam pela via. Apesar das tentativas da prefeitura, a falta de infraestrutura e segurança ainda é um obstáculo que compromete a mobilidade urbana dos cariocas.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública, nos primeiros 4 meses de 2019 ocorreram, no estado do Rio de Janeiro, 14.890 roubos de veículos e 1.851 casos de estupros. Também foram registrados 44.698 roubos de rua, 1086 a mais durante o mesmo período do ano passado. Clovis Luna, morador de São Gonçalo, mudou algumas atitudes devido a violência no estado. “Diminuí minhas idas a estádio de futebol, no caso, Estádio Nilton Santos, em Engenho de Dentro, em virtude dos arrastões e tiroteios na Linha Amarela.” Declarou Clovis.

Trecho da ciclovia Tim Maia que desabou no Rio de Janeiro
Foto: Daniel Castelo Branco/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Além da violência diária, os cariocas também lidam com a falta de infraestrutura dos transportes, de saneamento básico, pavimentação, entre outros. Entre 2014 e 2018 a verba destinada a saneamento, drenagem e proteção de encostas teve um corte de 58%, de acordo com dados oficiais da Prefeitura, obtidos pelo portal de transparência do município. Como consequência desses cortes, a cidade do Rio de Janeiro sofreu com as chuvas de fevereiro. Túneis e avenidas foram interditados, aulas foram canceladas e um trecho da ciclovia Tim Maia desabou pela quarta vez. A tragédia resultou em 10 mortes e durante dois dias paralisou a cidade, pois, a transição de pessoas era inviável.
“Decorrente as chuvas, principalmente esse ano, me vi presa dentro de casa ou por vezes sem conseguir chegar. Por exemplo no carnaval, durante as chuvas não pude voltar para casa por conta das áreas alagadas. Ou mais recente fiquei presa em casa por árvores que caíram no meio da rua, ou pistas que também alagaram a ponto dos carros não conseguirem passar. Até mesmo o Túnel Acústico que no dia que caiu eu estava próxima e tive que alterar minha rota”. Declarou Catarina Bastos, aluna de Relações Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
Na tentativa de resolver esses e outros problemas, a Prefeitura do Rio desenvolveu o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS). O projeto tem como objetivo “desenvolver propostas para o sistema viário e os sistemas de transporte para que o deslocamento de pessoas e bens na cidade ocorram de forma sustentável, contribuindo para o seu desenvolvimento econômico, social e ambiental”. A ideia do plano é servir como orientação para os investimentos em mobilidade urbana feitos na cidade por dez anos, a partir de 2016.
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