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UFRJ: Expectativa é que chapa vencedora da eleição para reitoria assuma

  • Foto do escritor: Jornalismo UERJ
    Jornalismo UERJ
  • 6 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Governo pode ignorar pleito e nomear o próximo reitor da universidade.


Por Aldo Medeiros


Após edição de uma nota técnica do Ministério da Educação no último mês do governo de Michel Temer (MDB), durante o processo de transição para a atual gestão, as indicações para as reitorias das universidades serão feitas pelo Ministério da Educação. Esta edição reduz a poder dos votos dos estudantes e funcionários.


Essa decisão não é vista como antidemocrática pelo fato do Ministério ser parte de um governo eleito democraticamente. Após a eleição, a lista com os candidatos e o resultado do pleito será enviada para o governo. Entretanto, o governo pode nomear alguém não inscrito na eleição para o cargo.


A chapa vencedora, liderada por Denise Pires de Carvalho, teve 9.427 votos, enquanto a segunda colocada, do professor Oscar Rosa Matos, obteve 8825, terceira colocada, chapa do docente Roberto dos Santos Bartholo Junior, teve 2.281.


As eleições para reitoria da UFRJ utilizam um sistema de votos que separa professores, alunos e funcionários, cada um conta com um terço dos votos. Após os cálculos dos votos a chapa de Denise ficou com 24,66%, enquanto as outras ficaram com 17,68% e 4,83%. Como a porcentagem da primeira colocada é maior que a soma das outras chapas, ela venceu no primeiro turno.


Essa diferença de votos gera a expectativa de que o Ministério acate a decisão eleitoral, mas estudantes ficam apreensivos diante da possibilidade do governo ignorar o pleito e colocar um interventor a sua escolha.


Victória Madeira, estudante de Comunicação Social da UFRJ, crê que governo deva levar em conta a decisão da comunidade acadêmica e intervenha apenas em casos extremos “A participação do Ministério da Educação não é antidemocrática por ser parte de um governo democraticamente eleito, mas acho que o Ministério precisa levar em consideração a consulta e a lista enviada. Acho que um interventor é preciso em casos extremos de fraude eleitora, abandono da faculdade, algo assim, não em uma eleição ganha em 1º turno.”


O envio da lista para o presidente escolher o reitor é tradicional na UFRJ. Desde o governo Lula, o primeiro colocado é nomeado para o cargo, porém isso não é uma obrigatoriedade. Os candidatos derrotados na consulta afirmaram que não colocarão seus nomes na lista que será enviada ao Ministério.

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