top of page

Contusões igual gente grande

  • Foto do escritor: Jornalismo UERJ
    Jornalismo UERJ
  • 14 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de mai. de 2019

Categorias de base sofrem com lesões que podem ser previnidas e evitadas com acompanhamento de profissionais.



Por Felipe Petrucci


O Brasil é conhecido mundialmente como "país do futebol", o esporte é uma paixão que atrai milhões de crianças e adolescentes que sonham um dia se tornar jogador para fazer parte dos 200 milhões de atletas ao redor do mundo, que são cadastrados pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Sendo o mais praticado no mundo, o futebol é, também, o maior causador de contusões entre todas as outras atividades, e apesar da enorme quantidade de crianças que estão nas categorias de base, à partir dos 12 anos, existem poucos estudos sobre contusões nessa faixa etária de 12 aos 16 anos. "Foi a pior sensação da minha vida, achei que tinha quebrado a perna. Fui para o hospital e o médico antes que eu falasse qualquer coisa já suspeitou que fosse jogando futebol e já desconfiaram que eu tinha rompido o ligamento, semanas depois constataram o problema no ligamento cruzado anterior", desabafa Lucas Madeira que teve que passar por uma cirurgia ainda aos 16 anos. As contusões nessas categorias, no caso brasileiro, podem ser evitadas através de acompanhamento adequado de profissionais de educação física, médicos e fisioterapeutas. Porém são os profissionais de educação física nos clubes que tem o contato direto com os atletas e convivem com essa rotina de contusões. "É  normal que em todo treino algum jogador saia machucado, podendo até mesmo ficar um tempo afastado por conta de uma dividida ou sozinho", afirma Marcelo Matos, supervisor técnico da categoria sub-12 do Clube de Regatas Vasco da Gama. Os problemas das contusões muitas vezes podem ser evitados. Recursos como fisioterapia, analgésicos e procedimentos cirúrgicos costumam entrar em campo para remediar a situação. Especialistas afirmam que em relação à prevenção, além do "alongamento e aquecimento, que são importantes aliados, também vale investir na musculação pelo menos três vezes por semana, mas, nesse último caso, não é recomendado para crianças. Trabalhar o equilíbrio, a consciência corporal e a resistência é o conselho para evitar entorses e traumas", segundo o ortopedista Clovis Muñoz, médico no Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. "Não devemos acelerar o processo de formação dos jovens atletas, isso pode ser ruim para a formação corporal deles. É preciso seguir as regras de treinamento, respeitando as faixas etárias e a progressão dos exercícios, para alcançar mais eficácia e evitar contusões." ensina Rafael Marchiotti, Preparador Físico da equipe sub-13 do Botafogo,  em entrevista durante palestra para o Grupo de Estudos em Futebol da Rocinha. A questão psicológica desses pequenos atletas também deve ser trabalhada para retirar o caráter competitivo, uma vez que isso pode gerar frustrações relacionadas ao futebol e até mesmo pessoais, algo que pode influenciar diretamente na parte física dos jogarores. Os atletas carregam essa responsabilidade e precisam encarar o futebol desde cedo como oportunidade de vida para ele próprio e para família. “Na categoria de base trabalha-se a formação dos atletas em todos aspectos para cumprirem as fases do treinamento e garantir que os jogadores tenham uma longevidade esportiva. O volume de treinamento técnico no período de formação é o mais importante e tem que ser trabalhado o tempo todo”, comenta Rafael sobre a importância de garantir um bom treinamento dentro e fora de campo para que não se perca precocemente um jogador promissor.

Comments


bottom of page