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Curso de formação de árbitros no Rio passa por adaptação depois da inclusão do VAR

  • pedrowb
  • 13 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de mai. de 2019

FERJ incluiu novas disciplinas e palestras específicas no cronograma do curso de arbitragem depois das novas regras e da utilização do VAR no futebol


FERJ inaugura simulador do VAR (Foto: Úrsula Nery/Agência FERJ)

Por Clara Quintaneira


A Escola de Arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (EAFERJ) oferece todo ano um curso oficial de formação para entrada de novos árbitros. O objetivo desse curso é formar árbitros para atuação no futebol do Estado do Rio de Janeiro com intenções de crescimento nacional e internacional e de filiação à federação. Após o novo regulamento do futebol e o uso do árbitro assistente de vídeo (VAR), a FERJ alterou o cronograma do curso para melhorar o desempenho desses profissionais dentro e fora de campo.


A formação é para adultos e jovens de ambos os sexos, com idade mínima de 17 anos e máxima de 35, que tenham ensino médio completo ou que estejam cursando a 3ª série do ensino médio em 2019 e que queiram se tornar árbitros de futebol. O curso tem duração de 11 meses, incluindo aulas teóricas e estágio prático obrigatório durante o período.


Para Carlos Elias Pimentel, atual diretor da FERJ, as principais mudanças no curso de arbitragem desse ano foram a inclusão de uma disciplina específica de VAR e de palestras explicativas sobre as alterações das Regras de Futebol 2019/2020, por exemplo, agora se o goleiro errar a tentativa de um chute, após o recuo de bola ou cobrança de lateral do seu time, ele poderá pegar a bola com as mãos.


O curso oferecido pela FERJ não disponibiliza nenhum meio de avaliação feita pelos torcedores, a partir das falhas que observam da arbitragem no futebol carioca. Por outro lado, os alunos respondem a um questionário de avaliação das disciplinas prestadas e dos professores responsáveis por cada uma. Em relação ao planejamento, ele pode ser alterado, caso haja comentários aprovados na edição anterior.


“Quanto ao planejamento, o curso tem uma carga horária, disciplinas e seus conteúdos já definidos, qualquer alteração só é feita se atender as necessidades acadêmicas do curso, principalmente no tocante ao calendário do mesmo.”, comenta o diretor.


A EAFERJ é responsável pela formação de novos árbitros, caso haja críticas feitas aos árbitros que apitam jogos profissionais, a escola não as debate em aula e a Comissão de Arbitragem do Rio (COAF-RJ) é quem deve ser procurada.


“Os árbitros já formados e que apitam os jogos da federação são de responsabilidade da COAF - Comissão de Arbitragem, ou seja, a escola não tem nenhuma interferência, logo essas críticas, até de forma ética, não são discutidas na EAFERJ.”, relata Carlos Elias.


A Comissão de Arbitragem do Rio (COAF-RJ) é a responsável pela atuação dos árbitros profissionais nos jogos. Sergio Santos, vice-presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ e responsável pelo desenvolvimento técnico dos árbitros diz que a comissão avalia as críticas feitas aos árbitros e, quando pertinentes, ela realiza um trabalho específico com o árbitro ou assistente, com o intuito de melhorar o desempenho do profissional.


Sergio expõe que os árbitros são orientados, desde o curso, para que entendam que passarão a ser pessoas públicas e que precisam lidar com as críticas que por ventura virão a receber. Ele comenta que a COAFRJ procura sempre orientar e resguardar o árbitro ou o assistente.


“Toda vez que acontece uma situação que causa um grande impacto convidamos os envolvidos para reuniões, onde apresentamos os vídeos e conversamos sobre qual seria a melhor maneira para abordar a situação. Existe um calendário anual onde estão previstos trabalhos práticos (campo), físico (pista) e teórico para todos os árbitros, assistentes, técnicos de arbitragem, instrutores e analistas de desempenho.”, fala o vice-presidente.


A matrícula no curso só será confirmada após a entrega da documentação exigida e do comprovante de pagamento da taxa. Professores e alunos de Educação Física, militares, profissionais graduados em qualquer área e graduandos em qualquer curso superior têm desconto na mensalidade da formação de arbitragem.

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