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Páginas de redes sociais relacionadas ao Flamengo são tiradas do ar

  • Foto do escritor: Jornalismo UERJ
    Jornalismo UERJ
  • 6 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Desde a última semana do mês de março diversas páginas com o termo Flamengo ou similares (Mengo, Mengão, entre outros) foram derrubadas no Facebook e no Instagram.


Foto de perfil do Clube de Regatas do Flamengo no Facebook


Por Pedro Werneck


Diversas páginas relacionadas ao Clube de Regatas do Flamengo, porém não oficiais, saíram do ar durante as últimas semanas. Desde perfis com milhares de seguidores até alguns de menor relevância foram derrubados sem aviso prévio. As páginas mais reconhecidas, como a “Flamengo da Depressão”, que soma mais de um milhão de curtidas no Facebook e quase 600 mil seguidores no Instagram, voltaram ao ar depois de poucos dias, mas outras seguem no aguardo.


No início deste ano, o Flamengo foi reconhecido com o selo de “marca de alto renome”, fato inédito para um clube de futebol dentro do Brasil. Graduado em comunicação social pela UFF, Leonardo de Marchi explicou o significado de tal reconhecimento: “Esse selo de alto renome é dado legalmente a uma marca altamente reconhecida pelo consumidor e oferece uma grande proteção comercial em todas as áreas de atividade previstas na lei”, explicou o professor da Uerj, especialista em plataformas digitais.

“Eu fiquei muito chateado, porque lutei muito para aquela página crescer e até hoje não consegui recuperar. O pior que não veio nenhuma notificação dizendo que a página estava descumprindo regras, já foram logo tirando do ar”, desabafou o torcedor rubro-negro.

A nova proteção legal adquirida pelo clube rubro-negro pode explicar a queda das páginas que utilizam seu nome. Leonardo crê que os dois acontecimentos estão diretamente associados: “Como esse status vale para qualquer atividade de produtos e serviços, o clube pode pedir para tirar do ar qualquer página que se utilize da marca”, afirmou o doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ.


Responsável por administrar as postagens do perfil oficial do Clube de Regatas do Flamengo em diversas redes sociais, Mariana Sá foi direta quando perguntada sobre o caso: “O clube não teve relação com isso”, ela disse. Questionada sobre a falta de posicionamento do clube em relação ao ocorrido, Mariana falou: “Não posso responder pelo clube, mas nós não estamos nos posicionando sobre isso por não ter qualquer relação com a gente. Não foi pedido nosso e não procuramos saber a origem”.


Leonardo entende que pode ter sido uma medida das redes sociais para evitarem futuras adversidades: “As redes sociais têm uma política de evitar problemas com a justiça. Ao receber a informação do clube ou da própria justiça de que agora o Flamengo é uma marca de alto renome, o setor jurídico dessas redes sociais deve ter entrado imediatamente em contato com o setor técnico e pedido para retirarem todas as páginas não oficiais do clube”, declarou o pós-doutor pela USP.


Apesar de uma funcionária do clube negar qualquer envolvimento por parte do mesmo no caso, Leonardo enxerga uma série de benefícios ao Flamengo: “A ideia de proteger a marca é evitar que outras pessoas se apropriem dela. Dessa maneira, ninguém poderá lucrar em cima da mesma sem que o Flamengo também ganhe com isso”, afirmou o comunicador social. “O clube tirando até mesmo páginas de torcedores do Flamengo, de apoio, ele pode trazer muito mais gente para os perfis oficiais do Flamengo e, consequentemente, poder cobrar mais em propaganda”, ele completou.


A queda repentina desses perfis magoou os administradores delas, a grande maioria torcedores do clube. Alex Santana, dono da página humorística “Momentos antes da desgraça acontecer com o Flamengo”, foi um dos que se decepcionaram: “Eu fiquei muito chateado, porque lutei muito para aquela página crescer e até hoje não consegui recuperar. O pior que não veio nenhuma notificação dizendo que a página estava descumprindo regras, já foram logo tirando do ar”, desabafou o torcedor rubro-negro.


Outros usuários não tiveram suas páginas derrubadas em um primeiro momento e preferiram se prevenir. Foi o caso de Felipe Marcos, administrador da página anteriormente intitulada “Carreiras que o Flamengo destruiu”: “Eu vi algumas páginas que tinham nomes ligados ao Flamengo sendo derrubadas. A partir daí, o coadministrador da página, Bernardo, me sugeriu que mudássemos o nome dela só por precaução, e eu aceitei a ideia. Fomos ao público e fizemos um post pedindo sugestões para o novo nome da página, e um curtidor deu a ideia de mudar o nome pra ´Carreiras que ficaram no cheirinho`”, contou o estudante de comunicação social.


O “JÚPITER” entrou em contato com a assessoria do Clube de Regatas do Flamengo, assim como diretamente com membros do setor de comunicação do clube, que poderiam responder por ele de forma oficial, mas em todos os casos não obteve resposta.

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